Os tempos que se seguiram foram ocupados pelos engenheiros da RTP no estudo das propostas, pronunciando-se os especialistas em finanças sobre a matéria que lhes competia e que também importava considerar para a tomada da decisão final. Esta viria a recair, em linhas gerais, nas seguintes firmas:

Emissores, torres e antenas...........Siemens & Halske
Equipamento de imagem (vídeo)....Fernseh
Equipamento (áudio).....................Philips
Ligações hertzianas.......................Compagnie Générale de Télégraphie sans Fil
Carros de reportagem...................Fernseh-Philips-Daimler Benz

Entretanto, numa dependência da sede da RTP, montara-se um pequeno estúdio, com disponibilidade para ensaiar canais de imagem e de som. Tudo para testar material e dar prática aos poucos funcionários já admitidos e que, basicamente, provinham de empresas e serviços com actividades afins, designadamente Emissora Nacional, CTT, Rádio Marconi e RARET (uma empresa radiofónica ligada à Rádio Europa Livre). A 3 de Julho foi-se mesmo mais longe: uma câmara (Marconi), instalada no castelo de São Jorge, captou uma série de planos da cidade de Lisboa, logo confiados a um sistema de feixes que os transportou até um receptor instalado na referida cave de S. Domingos, à Lapa. Em simultâneo, efectuaram-se várias experiências de som. Satisfatórias foram as condições de recepção, seguidas no local por um grupo de responsáveis pelas experiências: engenheiros Manuel Bivar, Bordalo Machado, Carneiro da Silva e Correia Pinto, pela RTP; William e Barrais, da Marconi; e Dubois, da Compagnie Générale de Télégraphie sans Fil, entre outros.