Além das já consagradas rubricas “Domingo Desportivo” e “Segunda Parte” (com resumos e rescaldos dos acontecimentos, sendo que o futebol lá estava, em lugar cimeiro) a RTP transmitiu, em directo ou em diferido, partes significativas das Voltas a França e à Espanha em ciclismo da mais alta competição; e, integralmente, as várias jornadas dos Grandes Prémios de Fórmula 1, ocupando-se da transmissão, para todo o Mundo, da que se realizou no autódromo do Estoril. Ao todo, 31 câmaras sobre as pistas e anexos de influência, 4 carros de exteriores, 2 carros de edição, 3 carros de pós-produção, antenas de ligação ao satélite e um estúdio montado especialmente, além de zonas para garantia de assistência a equipas de 9 estações estrangeiras. Abílio da Fonseca foi o realizador-coordenador e Eduardo Ricou o produtor – uma equipa que completava, neste ano, a 10ª cobertura da prova. Na realização da RTP estiveram, ainda, Carlos Silva, Raúl Flores e Rogério Borges.

Com os calores do Verão, também a programação da RTP 1 sentiu necessidade de se refrescar, o que começou a fazer com um programa de grandes tradições – “Jogos Sem Fronteiras”. Porém, neste ano de 96, convencionou-se (razões económicas?) que todas as 10 edições se realizariam em Turim, pelo que as equipas portuguesas viajaram para Itália. E, com elas, o habitual apresentador, Eládio Clímaco que, por sinal, aí completou 15 anos de “Jogos”. A grelha de Verão foi-se salpicando aqui e ali, com novos títulos: “Parabéns Júnior” (apresentação de José Jorge Duarte); “De Par em Par” (um concurso apresentado pelo actor Paulo Matos); “Reformado e Mal Pago” (uma comédia de situação ao jeito de Nicolau Breyner); “Queridas e Maduras” (novos episódios); “As Lições do Tonecas” (com Luís Aleluia e Morais e Castro); “Jet 7” (apresentação de Cristina Caras Lindas); e “Histórias da Noite” (um trabalho de jornalistas: Luis Pires, coordenador, José Ramos e Ramos, Lisboa, e João Fernando Ramos, Porto).