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  • Década de 90
  • RTP África e Expo'98 no caminho das novas tecnologias
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E a programação, como ia ela sob a batuta de Joaquim Furtado? Um olhar sobre o que se passava terá de começar onde atrás a deixámos, quando, em Outubro de 1996, o Director-Coordenador de Programas assumia que, então sim, essa era a sua grelha. Ou melhor: a da sua equipa. “Nova grelha da RTP 1 ou RTP 2, Você é que escolhe – Televisão em simultâneo”, esta a frase que figurava em rodapé nos anúncios de imprensa, pelo que não faltou quem pensasse que ali estava um propósito de alguma competição, face ao reconhecimento de que os 2 canais iam jogar com os seus melhores trunfos. Natural era que o fizessem, mas as características dos serviços (e dos conteúdos integrantes) mais não ambicionavam que cada canal mostrasse a sua própria identidade, deixando para os espectadores mais atentos a percepção de como podiam beneficiar com isso. Um novo estúdio no Lumiar, o 5, acabava de ser inaugurado com um concurso deveras divertido, “Tudo às Escuras”, apresentado por Rita Salema, e este era um dos novos programas da RTP 1. Um outro seguiu-lhe o exemplo: “Há Horas Felizes”, com Isabel Angelino a conduzir os sorteios da Santa Casa (que passaram a incluir automóveis) e o espectáculo que se fazia ao redor destes fortes pretextos. Também no novo estúdio – 600 m², com condições de trabalho que permitiram fazer cessar o contrato de aluguer do cinema Europa – se gravaram rubricas musicais para a RTPi, como, por exemplo, “Clube das Músicas”. Alguns outros pontos fortes da nova grelha de programas, ainda para a RTP 1: “Ilusões”, com Luís de Matos e convidados internacionais da área que é do seu domínio, o ilusionismo (programa feito nos estúdios do Monte da Virgem); “Avós e Netos”, com Manuel Luís Goucha, avós famosos e netos que talvez – sabe-se lá... – o venham a ser; “Os Principais”, com o apresentador Humberto Bernardo apostado em encontrar talentos musicais entre gente de palmo-e-meio – o que conseguiu, mais tarde, com Diogo Tavares a ser o melhor dos 10 finalistas que se viram a actuar em directo do Coliseu do Porto; “SuperBebés”, que tinha como condutora uma mamã recente (à época), Alexandra Lencastre, que conversa com as suas convidadas sobre tarefas (e cuidados) maternos; “Isto... Só Video”, uma nova apresentadora, Rute Marques, para um programa que vinha de longe; “Os Imparáveis”, uma sátira de Mário Zambujal aos costumes do nosso futebol, na circunstância representado por um clube (muito) de bairro (intérpretes: Henrique Viana, António Assunção e Manuela Queirós); e “Nós, os Ricos”, em idêntica linha de humor, mas este com uma boa carga de novo-riquismo, aliás saborosamente criticado (Fernando Mendes estava de regresso à comédia televisiva, ao lado de Ana Zanatti, Rosa do Canto e Carlos Areia).

“Polícias” foi uma série que conquistou popularidade, não apenas pelas histórias (tiradas da vida real por Francisco Moita Flores e Luís Filipe Costa) como pelo tratamento dado às imagens que as contavam (realização de Jorge Paixão da Costa). Sem que devam ser ignoradas as interpretações, muito conseguidas, de João Lagarto, António Cerdeira, Paulo Matos, Luís Esparteiro, Vítor Norte, Maria João Luís, Manuel Cavaco e Orlando Neves. Quanto à telenovela portuguesa, ganho que estava o seu lugar na programação nocturna, a vez era de “Vidas de Sal”, 150 episódios gravados nos estúdios da NBP, em Vialonga, e nos cenários naturais de Sesimbra, já que a história (onde estava o dedo de Tozé Martinho) era de mar e pescadores. Um deles foi encarnado pelo actor Mário Pereira, entretanto falecido, pelo que a telenovela acabou dedicada à sua memória. Outros intérpretes: Mariana Rey-Monteiro, André Gago, Patrícia Tavares, Guilherme Filipe, Simone de Oliveira, Virgílio Castelo, Rui Mendes e Vera Mónica. Realização de Álvaro Fugulin e Lourenço Mello (exteriores). Do Brasil chegava, entretanto, mais uma telenovela, co-produção RTP-TV Plus: “O Campeão”, que fazia girar toda a trama em torno do futebol brasileiro. Invadia-se o seu mundo para descobrir como ele pode mexer com tantos interesses. No elenco, duas artistas portuguesas: Anabela Teixeira e Margarida Carpinteiro. Destes e de outros programas dava conta Anabela Mota Ribeiro que, ao fim-de-semana, apresentava “Caixa Mágica”, que era assim como uma espécie de cardápio onde o espectador podia encontrar (e fixar) o que de mais atractivo teria para ver (a seu gosto) nos próximos dias.

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Depois de "Tudo às Escuras"... tudo às claras. Rita Salema, a apresentadora, está entre dois concorrentes, na primeira mesa, à esquerda

"Clube das Músicas" - Santos & Pecadores

"Ilusões" - Luís de Matos

"Avós e Netos" - Manuel Luís Goucha

"Os Principais" - Humberto Bernardo e um concorrente de respeito: Francisco, "o Terrível"

"Super Bebés" - Alexandra Lencastre

Uma nova apresentadora para o "Isto Só Vídeo" - Rute Marques

"Os Imparáveis" - Henrique Viana, António Assunção e um jovem futebolista com ambições a craque

"Nós, os Ricos" - Fernando Mendes e Rosa do Canto

"Nós, os Ricos" - Fernando Mendes e Carlos Areia

"Polícias" - Luís Esparteiro e Paulo Matos

"Polícias" - João Lagarto e Vítor Norte (1º plano)

Uma "Caixa Mágica", com Anabela Mota Ribeiro


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