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  • Década de 90
  • RTP África e Expo'98 no caminho das novas tecnologias
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Por todos os seus canais, incluindo o da RTPi, que, em directo, transmitiu para todo o Mundo, em emissão especial, ficou a saber-se que chegava a fase de concretização um novo projecto da RTP e que esse era o que visava objectivamente os Países Africanos de Língua Portuguesa – e assim nascia a RTP África. Arrancaria a 7 de Março de 1997, via satélite, com uma programação específica de 4 h. de duração, evoluindo “com uma repartição equilibrada de programas de informação, de carácter educativo e abrangendo vários géneros, tais como documentários, musicais e culturais.” No Auditório “Nuno Fradique” acabavam de ser lidas as conclusões de uma reunião dos representantes das televisões dos PALOP com dirigentes da RTP, estando presentes o Ministro-adjunto do Primeiro-Ministro, Jorge Coelho, e os secretários de Estado da Comunicação Social, Arons de Carvalho, e das Comunidades, José Lello. “A RTP África irá dar um novo impulso às relações entre Portugal e os PALOP. Passando a ser um instrumento da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), a RTP África irá tornar-se um grande veículo de cooperação e intercâmbio entre Portugal e esses países” – afirmou Jorge Coelho.1 Em nome dos participantes, falou o Ministro-adjunto do Primeiro-Ministro de Cabo Verde, José Reis, que se mostrou convicto de que o canal iria “materializar e reforçar as ligações no quadro da lusofonia”, sendo também importante para “a informação no quadro das respectivas diásporas. Todos nós daremos a colaboração que seja necessária para que este projecto seja um êxito.”

Entretanto, começaram a ser montadas e postas a funcionar Delegações da RTP África nas capitais dos 5 países africanos da CPLP. A primeira foi inaugurada a 16 de Fevereiro na Cidade da Praia, pelos Primeiros-Ministros de Portugal, António Guterres, e de Cabo Verde, Carlos Veiga. No dia seguinte, foram entrevistados para o programa da RTPi “Na Ponta da Língua”, transmitido em directo. Henrique de Vasconcelos era o funcionário da RTP destacado para a chefia dessa delegação, na Cidade da Praia. As restantes foram confiadas a Ramiro Mendes (Luanda), Fernando Gomes (Bissau), Paulo Costa (S. Tomé) e Rosabela Afonso, com um adjunto, Luís Fernandes (Maputo). As Delegações, que recrutaram localmente algum pessoal, dispunham de instalações dotadas de equipamento técnico próprio e operavam uma estação terrena de satélite ligada à NET-RTP.2 Cada Delegação devia garantir os seus projectos de produção original, em que se incluía a vertente mais constante da Informação. E, naturalmente, assegurar, em conexão com Lisboa, todo o relacionamento institucional com os organismos de Televisão dos países da CPLP. Por que, como dizia o Director Afonso Rato, “à RTP cabe assegurar a gestão profissional do projecto” que, na fase do arranque, ainda não dispunha de canal próprio, pelo que emitia através do sistema de distribuição da RTPi, situação que se manteve até que à RTP África foram dados os seus próprios meios de distribuição. Para essa altura – dizia-se – há a previsão de que tanto a SIC como a TVI possam vir a disponibilizar programas seus para a RTP África. Se isso acontecer, também a RTPi passará a contar com programas das privadas portuguesas.

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Auditório Nuno Fradique - Ministro Jorge Coelho anuncia a criação da RTP África


1 Já a 10.7.1996, na sessão de abertura do Fórum das Comunicações, que decorreu em Lisboa, o Ministro Jorge Coelho anunciara a intenção de criar, na órbita da RTP, um novo canal dirigido aos PALOP. Na TV Guia (nº 937, 18 a 24.1.1997), o Presidente da RTP declarava ao jornalista Ver maisEduardo Guerra Carneiro: “A ideia da RTP África foi lançada quando este Conselho de Administração iniciou a sua actividade. Foram feitos documentos indiciais sobre o assunto e foram trocados pontos de vista com o Governo, pois não sabíamos se ele teria, ou não, disponibilidades financeiras para sustentar este serviço público. Ele importa num milhão de contos de instalação e num milhão de contos de funcionamento anual.” Voltar a fechar

2 A direcção da RTP África foi atribuída a Afonso Rato, o jornalista que já detinha as mesmas funções na RTP internacional. À revista Grande Plano (nº 51, 1º trimestre de 1997) explicava ele o que era isso da NET-RTP, tão importante para a troca de peças jornalísticas para integrarem Ver maisos noticiários transmitidos pela RTP África: “A Net-RTP é um sistema via satélite de troca de notícias e programas, nos dois sentidos, entre Lisboa e as 5 capitais dos países africanos da CPLP. Um dos canais digitais do transponder 9 do satélite Express 2 foi dedicado a este novo sistema de comunicação. Essencial ao sucesso do projecto RTP África, tem também um enorme valor para todos os canais de Televisão dos 6 parceiros. Com a NET-RTP, acelera-se fortemente a velocidade da circulação da Informação, no sentido mais lato, entre os 6 países e os canais de Televisão dos parceiros. As notícias do dia passam a ser as notícias do dia – não de 15 dias antes. As intervenções em directo, seja num jornal seja para difundir um concerto de música, passam a ser rotina – não uma ‘operação especial’.” Voltar a fechar

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