Brandão de Brito assinalou, entretanto, que a prevista transformação da RTP numa “holding” (que agruparia a RTC, a TV Guia e o Centro de Produção de Lisboa, empresas que poderiam abrir-se a capitais privados) não se estava a apresentar como a melhor solução, pelo que o assunto teria de ser estudado de modo a que outras formas fossem encontradas, a médio prazo e sempre englobadas no plano de mudança para a RTP (já anunciado pelo Governo) e que Brandão de Brito se aplicaria a cumprir. Desde logo com certas decisões administrativas que foram surgindo, rodeadas de alguma surpresa. Assim, as designações de 2 Directores-Gerais, um para o Planeamento e Controlo, o dr. Vítor Gomes Sanches, outro para os Serviços Centrais, o engº Fernando Gomes Afonso; um Director de Recursos Humanos, o dr. Luís Castanheira Lopes; e um secretário da RTP, o dr. António Gomes da Costa, acumulando com o cargo que já detinha de Director dos Serviços Jurídicos. Segundo o que então se soube, Vítor Sanches (que vinha de fora da empresa) seria o coordenador da equipa que, sob a égide da Administração, lançaria os fundamentos da tão proclamada reestruturação interna. E desde logo se tornou notório que não tendo os 2 novos Directores-Gerais qualquer envolvimento (nem competências de actuação) sobre as áreas dos Programas e da Informação, ficava aberta a porta para que, mais dia menos dia, por ela pudesse entrar um terceiro.