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  • Década de 90
  • Entre a mudança e a reestruturação
  • pag18

Uma gala no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, formalizou o início das comemorações dos 40 anos da RTP. Era Setembro, o mês em que, em 1956, se realizaram as primeiras experiências na Feira Popular. O que se viu, como motivo para o espectáculo, foi uma viagem pelas memórias, feita com imagens de arquivo e presença de figuras que se afirmaram como personalidades televisivas, assim ganhando o afecto popular. La Féria concebeu o espectáculo que Jorge Rodrigues realizou, sendo a produção de António Andrade. Dias depois, outro acto com simbolismo: uma homenagem a Artur Ramos, o realizador que, como tal, tinha a idade da RTP e que nela tem sabido “casar para a vida” o teatro com a TV. Representava-se no D. Maria a peça “Gladiadores”, de Alfredo Cortez, encenada por Artur Ramos, sendo que o espectáculo era uma co-produção RTP-Teatro Nacional – afinal, a tal união que acabamos de referir. Mais tarde, a gravação foi passada em emissão, assim se assinalando, também, 40 anos de teatro televisivo, embora com o reconhecimento de que ficou, muito lá para trás, a sua época de ouro.

Especialista em gestão de pessoal, o Vice-Presidente Santos e Silva chamou a si os dossiês em aberto nessa área e, com um novo Director de Recursos Humanos e Formação, José Silveira Lopes, terá mesmo reforçado as medidas que perconizavam a diminuição do número de funcionários (estava próximo dos 2 350), sendo que o ideal – dizia-se – seria um “corte” na ordem dos 25%. Negociações faseadas, acordos mútuos, reformas antecipadas quando possível foram produzindo alguns dos resultados que se desejavam, embora com moderação. Resultados que mais se esperavam – depois de alguma ansiedade – esses tinham a ver com as áreas de Joaquim Furtado – o timoneiro reconfirmado em linha de rumo, após a borrasca.

Um assessor de imagem, Edson Athayde, criou novos logotipos para os canais e o que se deu foi um regresso ao passado: RTP 1 e RTP 2. E foi precisamente por este último (de que Furtado fora por anos “residente”) que as mudanças começaram: “Figuras de Estilo”, programa com Clara Ferreira Alves e Vasco Graça Moura, aposta forte na componente cultural; “O Filme da Minha Vida”, escolhido e justificado por um convidado; “TV Nostalgia”, o que a RTP já mostrara mas que valia a pena recordar; “O Dinheiro não Dorme”, com Nicolau Santos e a actualidade económico-financeira; “Rumo à Lua”, com Clara Pinto Correia e a ciência viva; “Olho Clínico”, magazine da saúde apresentado por Sandra Cruz; “7 Graus Oeste”, magazine do ambiente e da defesa do consumidor apresentado por Rita Saldanha; e “Bombordo”, temáticas de mar apresentadas por Ana Paula Cabral.As notícias do dia continuavam no Jornal-2, assim como as da cultura no único diário europeu da especialidade – o “Acontece”, de Carlos Pinto Coelho, agora em directo; e “Semana ao Sábado”, com José Cruz, uma revista dos acontecimentos mais relevantes dos últimos 8 dias. A grande Informação prosseguia visada em “Sinais do Tempo”, a cargo de Paulo Dentinho, enquanto que para os cinéfilos, “Cinco Noites, Cinco Filmes” era o espaço do encontro. Rubricas desportivas e infanto-juvenis (de que “Rua Sésamo” e “Caderno Diário” eram as referências) tinham na grelha espaços horários bem determinados e, o que era importante, cumpridos.

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"Figuras de Estilo" - Vasco Graça Moura e Clara Ferreira Alves com os convidados Gérard Castelo-Lopes, António Barreto e Julião Sarmento

A escritora Agustina Bessa-Luís recordando o filme da sua vida

Nicolau Santos afirmava: "O Dinheiro Não Dorme"

A equipa de "Bombordo" - Paulo Costa, Ana Paula Cabral, Jorge Almeida, Cristina Godinho e José Serra (da esqª para a dtª)


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