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  • Década de 80
  • Grandes projectos, novos desafios
  • pag17

Houve, em 1987, nos dois canais da RTP, trabalhos de ou sobre teatro, muito cuidados. Desde logo, um interessante ensaio de Artur Ramos (com a colaboração de mais dois especialistas, Luís Francisco Rebelo e Victor Pavão dos Santos) que à história e aos aspectos estéticos do nosso teatro foi buscar dos melhores momentos para mostrar e explicar, como lhe pareceu necessário para dar sentido, sobretudo didáctico, aos programas. Daí os ter subordinado a um título simples mas ambicioso, “Um Passeio pelo Teatro Português”. Um passeio que Artur Ramos fez com a naturalidade de quem sabe por onde vai e o que quer dizer, tanto mais que, para concluir objectivos, estava a avançar por caminhos que conhecia como poucos – os da Televisão. E é deles que Ramos se aproveita para construir uma modelar versão televisiva de “A Relíquia”, de Eça de Queiroz, feita em parceria com Luís de Sttau Monteiro.52 Foram 3 episódios em que se cuidou do peculiar universo queirosiano, recriado na dimensão de um estúdio e observado pelas objectivas de 4 câmaras. Outros realizadores, outros trabalhos: Jaime Campos cumpriu com os cânones televisivos ao criar em “Victor ou as Crianças no Poder” a atmosfera carregada que a história pedia, mesmo quando ferida de esgares e risadas caricatas; Fernando Midões pôs em prática um conveniente jogo de planos, quadrando-os na única intérprete (Isabel de Castro) de “Magdalena lê uma Carta”, de Salazar Sampaio, dando assim ao espectador a possibilidade de se aproximar (partilhar?) do intimismo em frente; Hélder Duarte fez de “Calamity Jane” um bom espectáculo de teatro-TV, vendo-se Maria do Céu Guerra a repetir o que já fizera no palco, ou seja, a excepcional interpretação que a TV se encarregou de levar a muito mais gente numa moldura quase cinematográfica de que o realizador não abdicou. Por aqui ficamos, mas sem deixar de referir que o facto da Direcção de Programas ter apostado naemissão quinzenal de teatro em português, chegou a fazer lembrar tempos distantes em que a produção contínua deste género representava um investimento cultural importantíssimo em correspondência com o interesse (e o carinho) dos espectadores.

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"Lá em Casa Tudo Bem"

"Lá em Casa Tudo Bem" - Amélia Videira e Raúl Solnado


52 Ambos tinham sido os responsáveis pela adaptação e encenação da mesma peça que, em Fevereiro de 1970, inaugurou o Teatro Maria Matos, então dirigido por Igrejas Caeiro. Os cenários e figurinos foram de João Abel Manta e Elvira Velez encarregou-se de dar corpo à patética Titi. Recorda-se que, pouco Ver maistempo  depois,  a  RTP  começou  a  utilizar  o  Teatro  Maria   Matos   como estúdio-auditório; e que, mais tarde, assumiu, também, temporariamente, a responsabilidade pela sua companhia-residente. Voltar a fechar

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