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  • Década de 50
  • As emissões regulares
  • pag13

Das 665 horas de programação emitida pela RTP em 1957, largas dezenas delas foram ocupadas por rubricas desportivas, de cuja produção se ocupava, também, a secção de Cinema e Noticiários, embora com grande recurso a colaboradores (Domingos Lança Moreira, Artur Agostinho, Amadeu José de Freitas, Ricardo Ornelas, Aurélio Márcio, Carlos Pinhão, Alves dos Santos, Fernando Seromenho, Tavares da Silva), já que na redacção especializada o Serafim Marques (quando assinava era sob o pseudónimo de Cordeiro do Vale) tinha mais era que se preocupar com as montagens do material filmado. Programas, eram: “O Domingo Visto de Véspera”, “Imagens do Domingo Desportivo”, “Revista Desportiva”, “Vida Desportiva”, “Tribuna Desportiva”, “História de um Às”, e “Desporto no Mundo”. Um leque de opções para os espectadores, como se vê. E a verdade é que certa camada de público – importante, então como hoje – mostrava inclinação por este género de programas. E longe vinha o tempo em que as transmissões dos jogos de futebol, quer entre equipas portuguesas quer entre estas e conjuntos estrangeiros, se tornou quase rotina ... O que então se podia ver nas noites de domingo – e via-se, com agrado – eram as sequências filmadas, horas antes, nos campos de futebol mais próximos de Lisboa. Com o passar dos anos, com maiores disponibilidades em homens e em máquinas, tornou-se possível alargar esse trabalho aos campos do País onde decorriam os desafios mais importantes. Alves dos Santos20 é a figura que emerge deste contexto informativo ainda dominado pelo filme, ele que foi uma personalidade singular pela postura ante a câmara e pela terminologia aplicada nos seus comentários – razão de sobra para que os espectadores que fidelizava, acreditassem que ele falava do que sabia. O que era inteiramente verdade.

Ao “Passatempo Infantil”, ao fim da tarde de domingo, aderiram os pequenos espectadores da RTP, que escutaram algumas histórias ditas por uma grande senhora do teatro, Aura Abranches, que compôs uma convincente “Tia Zé”; que viram José Viana e José de Lemos pôr formas nos mais ingénuos traços com que engendravam “Pico-Pico e Bonecada”; que riram com as palhaçadas do Vasquito e do Anhuk; que se renderam, enfim, a teatrinhos, aos fantoches do Fernando de Paços e – vejam só – a uma ópera para crianças, que, embora programada para certa data teve de passar para outra “... por motivo de doença de dois intérpretes...” E havia, ainda, os jogos e os concursos, com bandos de pequenada em estúdio (o acesso era disputadíssimo) a darem o seu melhor para chegarem aos prémios.

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Debate desportivo conduzido por Tavares da Silva (ao centro)

Aura Abranches

José Viana

Vasquito e Anhuk


20 Numa entrevista que concedeu à revista Tele-Semana (20.5.1977), depois de abandonar o pequeno ecrã, ao fim de 18 anos de constante presença, José Alves dos Santos recordava: “A TV tinha, no princípio, uma rubrica, ao domingo, em que se apresentavam resumos filmados dos jogos, comentados por diversos críticos. No Ver maisseu primeiro ano, a TV fez passar pelo ecrã 14 jornalistas, de forma a escolher 2 para efectivos. Nós não sabíamos que assim estava a acontecer e quando a TV fez uma selecção daqueles com mais capacidade e expressão acabou por me escolher a mim e ao dr. Tavares da Silva que, infelizmente, veio a morrer algum tempo depois.” Alves dos Santos faleceu em 17.10.1996. Voltar a fechar

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